DE ONDE VEM?
De ninguém vem os rastros,
a sombra, o sorriso.
Não vem os gestos, o abraço,
o arco-íris, o paraíso.
Não vem a luz na fresta,
a luz na testa,
o ínfimo.
Dos vendavais, vem a chama,
o que atormenta e clama
pela região das praias vivas
aonde o sol é eterno,
aonde não existe inferno
aonde ser sensível não é lama.
Dos temporais que enfrentamos
a chuva respinga punhados
de dor pra todo lado.
É preciso não alterar o passo.
A vida não pode ser um terraço
onde as estrelas se abrigam
perdidas na noite escura.
Tem que haver um além
aonde todo e qualquer bem
faça eco a uma voz que vem
dos abismos da ternura.
(Direitos autorais reservados).
Imagem: Super beautiful photos (fb)
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 28/09/2013
Alterado em 29/09/2013
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