DIVAGAÇÕES
Só preciso ser agora
aquela que eu não queria.
E derramar-me sobre o tempo
como a última certeza do dia,
quando aponta no horizonte
aquela estrela que não nos guia
mas deixa uma luz descansada
sobre a noite peregrina.
Noites dos vasos sem água,
dos portais enferrujados.
De olhos que há muito se perderam
do brilho dos olhos amados.
Assim, acordamos as horas
pra pensar, sentir, viver.
Nenhuma arte nos ensina
a arte de esquecer.
(Direitos autorais reservados).
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 20/04/2013
Alterado em 20/04/2013