Poemas da Caminhada - Lúcia Constantino
O canto da alma é a única coisa que fica. E o que dele fizermos...
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" QUE QUISESTE NASCER NOSSO IRMÃO" (*)
Talvez ainda  nunca tenhamos parado para analisar este verso de “Noite Feliz” ----- Ele quis nascer nosso irmão – carne, osso, sangue, dor, alegria... tudo Ele vivenciou.  Então, que raça estamos sendo agora,  onde impera a crueldade, a violência, a ganância, o egoísmo, a egolatria,  a ambição desmedida, o massacre dos valores mais profundos, pelos quais Ele nasceu e  morreu?  Não. Acho não O temos merecido como irmão. A manjedoura que Ele um dia escolheu para vir a este mundo hoje está  preenchida pela  dor  dos inocentes,  homens e animais.  E a estrela de Belém não é vista pela cegueira da ambição humana, que só tem olhos para o poder, o dinheiro, os bens materiais... ninguém se lembra de olhar para o céu, a não ser para ver explodir os estúpidos fogos de artifício... como se fossem eles o prenúncio de uma nova era, de uma nova vida.  A lição da Luz ainda não foi apreendida, compreendida ... ainda somos todos  soldados romanos, insensíveis, inconscientes,  fartando-se com nossas pequenas e estúpidas guloseimas humanas: fama, gloria, dinheiro, bens materiais ---- tão distantes da lição da manjedoura, de suas ovelhas, de seus bois, de seus pastores....e da  luz daquela Estrela...que provavelmente ainda é uma dessas que vemos no céu, mas que cegos, não sabemos mais qual seja.

Hora de buscar dentro de si mesmo essa Noite Santa e de ouvir o choro do menino, que de algum lugar, lá dentro de nós mesmos nos diz: “Nasci!”

(*) Noite Feliz, de Franz Xaver Gruber e Joseph Mohr


Lenapena:
"""Ah, estamos tão distantes, creio eu, desse amor incondicional que ELE, plantou sobre a terra. A mansuetude de cada ato e palavra, que ele deixou nesse planeta, anda mais distante que qualquer dessas lindas estrelas que contemplamos no firmamento. E os animais que o cercavam, e foram testemunhas do Seu nascimento, ainda hoje, morrem, de maneira brutal, para servir de regalo em muitas ceias. Triste muito triste a realidade da terra.""""
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 23/12/2012
Alterado em 24/12/2012
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