Poemas da Caminhada - Lúcia Constantino
O canto da alma é a única coisa que fica. E o que dele fizermos...
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REFLEXÕES - II

Não estou aqui para vigiar sombras,
nem réstias de sol pelos espelhos,
Tampouco para enganar os sentidos que nutrem a vida.
Quero a raiz e os frutos de toda as coisas.
O cálice de vinho e vinagre na justa medida
sem manchar de vergonha os paramentos
de minha cansada lida.
Eu quero me tornar desaparecida.
Ser esquecida me é indiferente.
Não quero ser imortal como um livro na estante
de um acervo demente.
Eu opto pela vida.



(Imagem: Super beautiful photos -fb)
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 23/08/2012
Alterado em 23/08/2012
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