UM DIA, UMA VIDA
Tão cedo passou na estrada.
Não mais sentia o que levava.
Da vida, talvez nada.
O coração ferido,
a face cansada.
A infância guardada
no sol que ficou para trás.
Uns anos de paz ...
e o que as sombras não fazem?
Destituem-se os valores reais
para enobrecer as empáfias
e suas presunções de quererem ser mais
do que podem e sabem.
Tão tarde chegou ao fim da estrada.
No ocaso flamejante.
Deixou que se recolhessem
todas as lembranças
para nunca querer mais
ter sequer uma recaída
por essa tal de esperança.
E na noite,
quando o vento tocou seu violino,
achou que era um canto divino
e se aninhou em sua criança.
(Direitos autorais reservados).
Imagem: Super beautiful photos (FB )
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 30/07/2012
Alterado em 30/07/2012