LETRAS DO SEMPRE
O poema
se derrama nas gavetas.
Se encharca de letras
sangue, sonhos, ilusões.
Verdades, mentiras,
a solidão das ruas,
as fábulas que atuam
nos delírios, nas visões.
O poema desmancha-se no peito
imperfeito, côxo, aleijão refeito
na mesa do coração.
O poema faz seu próprio show
bonito, feio,
com rosto ou mascarado
tudo como manda o recado
da dor e do vôo.
(Direitos autorais reservados).
Imagem: Super beautiful photos
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 29/07/2012
Alterado em 29/07/2012