Poemas da Caminhada - Lúcia Constantino
O canto da alma é a única coisa que fica. E o que dele fizermos...
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JARDIM INTERIOR - UMA HOMENAGEM


     Tive a honra de ter participado um pouco da vida de um  homem sábio, íntegro, inteligente e culto: George Schpatoff.  Aos poucos estou postando vários de seus escritos aqui no Recanto, escritos já publicados em diversos livros. George escrevia sobre tudo e principalmente sobre suas vivências, o que viu, o que conheceu. Passou alguns anos perseguido pelo então regime comunista de seu país, a Bulgária. Viveu em campos de concentração e conseguiu asilo na Turquia, onde se formou em Jornalismo. Posteriormente radicou-se no Brasil, onde dirigiu vários jornais e publicou várias obras.

     Mas é do ser humano que conheci que quero falar. Não costumo escrever crônicas e artigos, mas acho que uma palavra sobre ele vale a pena: George amava, acima de todas coisas no mundo, a sinceridade. Com ele aprendi que a sinceridade é a maior de todas as virtudes humanas. Por que nos mostra o ser como ele é, sem máscaras, em toda sua dimensão interior,  em todo o seu real valor. Com ele aprendi também que a construção de toda e qualquer obra requer uma disciplina que nos força a por em movimento as forças cósmicas existentes dentro de nós mesmos -- e a liberdade  - razão maior que levou George a enfrentar dias de fome e crueldade nos porões das prisões  comunistas em seu país, que o levou a ficar dias isolado em uma cabana embaixo da neve, visando poder caminhar livre novamente....

     George nunca perdeu a fé e a confiança numa Fonte Superior, que lhe nutria o espírito em todos os momentos. Deixou-me a grande lição de não sucumbir diante da inverdade, da vaidade, do egocentrismo, das idolatrias mundanas e das aparências, que se tornam ópio das mentes frágeis - e acima de tudo,  deixou-me como legado o amor pela liberdade em toda a essência do que essa palavra significa. Convivendo com pessoas consideradas ilustres ao longo de sua vida, nunca deixou de ser humilde, porque levava dentro do coração a grande lição do Nazareno, a quem sempre amou e procurou seguir na mais profunda pureza de coração.

     A George, o meu tributo por ter tido a honra de o ter conhecido,  pelo respeito com que sempre tratou o ser humano que sou, pela beleza de "SER e apenas SER" que me ensinou.

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(Imagem: Superbeautiful photos-FB)

                                        


Algumas das obras de George Schpatoff:

* Carta Aberta a Stalin (1950)
* O Comunismo ameça o mundo (1957)
* A Desigualdade no país da igualdade (1959)
* Eu acuso a União Soviética (1960)
* A Face invisivel da espionagem (1974)
* Os Leões (1967/78)
* Como escapei da Polícia Secreta
* Brasil, O País do Presente (1973)
* Os Ideais da Justiça
* País sem Paredón (1977)
* A História da KGB
* A Lenda de Vila Velha


Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 17/07/2012
Alterado em 17/07/2012
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