Poemas da Caminhada - Lúcia Constantino
O canto da alma é a única coisa que fica. E o que dele fizermos...
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Sempre gostei muito de Paul Marie  Verlaine, poeta francês 1844-1896.

Abaixo, um poema de Verlaine. Um poema  aparentemente simples, mas considerado um dos mais belos da poesia universal. Vemos que mesmo a simplicidade no escrever  pode nos permitir, quando profunda, perscrutar o âmago da vida e da  alma humana.


CANÇÃO

                (Paul Verlaine)


"O céu azul sobre o telhado
repousa com calma.
Uma árvore sobre o telhado
balança a palma.

A voz de um sino mansamente
ressoa no ar.
Um passarinho mansamente
põe-se a cantar.

Meu Deus, Meu Deus, esta é que é a vida,
simples, tranquila,
como a rumor suave de vida
que vem da vila.

- Tu, que aí choras, que é que fizeste,
dize, em verdade,
tu que aí choras, que é que fizeste
da mocidade? "



(tradução de Onestaldo de Pennafort)
Imagem: Super beautiful photos (FB)


Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 14/07/2012
Alterado em 14/07/2012
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