ÁGUAS
Tantas ausências, tantos caminhos.
Vou devagarinho, meio sonâmbula,
descobrir o bocejar da terra
antes da alegria de um novo dia.
Vou meio sonâmbula
intrusa nestes páramos azuis e verdes
descobrindo o por quê desta sede.
Observo o leque de águas
dispersando as folhas que caem.
E vejo também cair dentro de mim
essa água livre
que não sei para onde vai.
Apenas observo
essa água que me traz
essas ausências, esses caminhos
nestes meus pedaços
que não se colam mais.
(Direitos autorais reservados).
Imagem: Super beautiful photos (FB)
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 13/07/2012
Alterado em 13/07/2012