"Impossível desvencilhar
a minha mágica
das tuas mãos redondas
cheias de universos!"
(João das Flores)
Vamos devagar...
Na maturidade, abrimos as janelas
com o perfume da alma.
Jamais com os ramos da carne.
Escolhemos o ridículo
para fazer a diferença
e quebrar a vidraça dos apascentados.
Nos curvamos diante do azul do infinito
e cheiramos a velhos livros.
Mas também alongamos as chamas
para que queimem os temores
dos sonhos cruéis...
O que seduz está muito além
do triunfo da macieira
sobre a argila.
É o que sustenta o templo interior
em lua minguante
quando escurece e a treva
nos incentiva a seguir adiante.