NÃO VÊS
Não ves a roseira
que não te chega a não ser pelos poros de tua pele,
nem essa luz que desmaia sobre tuas cortinas
como um arco-iris sobre os vales.
Tu não vês.
Não vês o cristal dos meus olhos
quando desce a noite e a chuva canta por eles
sua serenata cósmica de sonho e sombras.
E´ aos pés de uma fonte que se entrega o pranto
para que se una ao grande rio da vida
que cruza todas as solidões.
(Direitos autorais reservados).
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 17/06/2012
Alterado em 17/06/2012