NOTURNO
Nao, não sou eu quem esmaga as flores
quando um raio de sol lhes dá a vida.
Nem sou aquela que vive numa torre
relendo a mesma carta esvanecida.
Tampouco deixei o ninho ao abandono,
sequer saí ao vento pra brincar.
O amor que respira só no sonho
deixa a vida pra depois pra não chorar.
Fui somente uma estrela desatenta
espiando o mundo em noite de tormenta
querendo por si só fazer bonito.
Mas só se fez o adeus, o ninho ficou mudo.
As nuvens se fecharam para tudo
e a estrela retornou ao infinito.
(direitos autorais reservados).
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 14/06/2012
Alterado em 14/06/2012