Cântico ao Anoitecer
Ferem os jasmins
que não adornam os homens...
Sob aparência de flor,
um despetalar desumano...
Ah, Senhor, em Teus nichos
meus pés vacilam,
e já a chuva ameaça
a colheita de um novo dia.
Reveste-me de Tua força
e fundamenta as minhas águas
sobre taças alvas e verdadeiras,
e que o cálice do Teu espírito
restaure-me o sabor das macieiras.
A Ti, confio, Senhor,
toda estrela que se multiplica
ante meus olhos que ainda sonham
enquanto muitas vezes
marcham os dias
em estremecimentos de ocasos.
A Ti confio, Senhor,
todas as ondas de angústia
que muitas vezes sucumbem-me
potencializando o naufrágio
da esperança...
E que o inclinar de minha cabeça
seja sempre e apenas
para reverenciar
a sagrada água
que jorra de Ti.
(Direitos autorais reservados. Lei 9.610 de 19.02.98)
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 03/02/2007
Alterado em 03/06/2011
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