AQUELE DIA
....e como foi ao vento
aquele dia de sorrisos!
Eu não era a palidez das espigas
e o sumo das folhas esvanecidas...
Convertia cada palavra em água
para saciar minha sede no poço das quimeras.
E levantava-me,
soberba,
soberana das primaveras!
Escapam-me as luzes,
a escuridão desemboca suas brumas
e meu dia apenas atravessa
saudades, silêncios,
espumas...
Aqui onde o céu é apenas um rumor,
assombra-se a vida
(nos mesmos passos de antes)
para que se compreenda a raiz,
para que se permita a flor.
(Direitos autorais reservados).
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 05/05/2012
Alterado em 05/05/2012