MINHA CASA
No chão da vida
construí minha casa de carinho.
Toda feita de mãos amadas
tecidas como se tece um ninho.
O teto era de ternura
como um anjo me ensinou.
Tinha uma grande abertura
como Seu peito que me abrigou.
As paredes eram da cor
das auroras e dos ocasos.
A varanda era de amor
com sorrisos formando vasos.
Eu pedi a Deus, que, um dia,
soprasse minha casa aos ventos,
pra que ela fizesse companhia
aos que vivem na dor, no desalento.
Não fiquei sem minha casa.
Mas meus grandes ventos cessaram.
E ela ainda conserva essas asas
com que meus mais belos sonhos voaram.
(Direitos autorais reservados).
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 16/11/2011
Alterado em 15/12/2011