MENINA-ESTRELA
"Era uma estrela caída,
Uma entre tantas, não mais!"
Antero de Quental
Que rumo toma a menina
de olhos tão profundos, pintados,
como se não mais espelhassem auroras
e fosse o mundo só um cenário?
Que mundo tem a seus pés
nas estradas poeirentas
que lambem sua pele de ovelha,
da qual o futuro se alimenta?
Girará noites e dias
sobre sóis e tempestades.
A menina de olhos de estrela
se fará velha em plena mocidade.
Não posso deixar de pensar
na devassa dessa ternura sagrada.
E nesse rosto que hoje é uma estrela
perdida na imensidão do nada!
(Direitos autorais reservados)
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 03/11/2011
Alterado em 15/12/2011