Vestígio de águas mortas
Se a ventura se forma
de frascos descartáveis,
mas cobiçados,
(entre uma entronização e outra)
é porque o homem tem medo,
muito medo
da morte no deserto...
Não avança só,
porque poderá cruzar
com seu próprio rosto
diante do espelho...
E o esboço pode ferir,
como fere a procura do sol,
como fere o que adormece no regato
surdo à libertação
do canto d’água ...
Talvez na próxima curva do caminho
sepulte mais um morto
sem ter ascendido o coração
à altura do sentido da vida.
(Direitos autorais reservados).
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 26/12/2006
Alterado em 03/06/2011
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.