CAMINHO E FIM
Serenidade
é esse silencio de pedra.
Preciso tornar-me pedra,
para poder permanecer.
Cansei dos córregos perigosos,
onde a lama dita a formosura das flores.
Minha escrita é o desenho do obscuro caminho
entre o coração e a meia-lua.
Uma só estrela
já é poesia e luz na estrada.
Não preciso de selos de subsolos
camuflados dos que agonizam
o sonho humano.
A única parte que me cabe
é a louca cegueira do poema
que fala ao coração.
(Direitos autorais reservados).
Imagem: yun920 -www.yunphoto.net
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 06/01/2011
Alterado em 07/03/2011