Estou aqui, numa prece silenciosa, unida ao povo chileno. Assim, acredito, como milhares de pessoas ao redor do planeta. Acreditamos na solidariedade humana, e esse é um exemplo extraordinário. Várias coisas me unem ao povo chileno. Unem minha alma ao povo daquele país. Ao longo de minha vida, eles sempre estiveram presentes em minha caminhada - companheiro de vida, amigos, conhecidos exilados --e os poetas que tanto amo - a poetisa por quem tenho verdadeira adoração: Gabriela Mistral.  Neruda, Matilde, que fazem parte da minha vida desde que comecei a escrever, lá nos longínquos idos dos anos 60, ainda uma adolescente sonhadora. Tudo me une ao Chile, esse país mágico,  cujo povo que vive aqui no Brasil, sempre me deu a mão na hora em que mais precisei, quando conheci a verdadeira solidariedade humana. Nesse momento, estou junto ao povo do Chile mais do que nunca, em alma, pensamento, razão, confiança. A divina força da solidariedade humana adentrará o chão e trará de volta a luz  do sol a esses olhos humanos que nos são tão caros. Como dizia Exupèry, a vitória de um homem é a vitória da raça humana.