TEU SILÊNCIO
Alí, nesse Teu silêncio
atravesso minha terra de mágoas
e leis que me fizeram fruto
sobre raízes cansadas.
Não sou capaz de reflorescer
nessas estações adormecidas.
As dores - comuns, banais,
ardem nas letras,
mas não recriam vida.
Liigo-Te às fontes
para ser capaz de me alvorecer
no lado escuro da vida.
Teu rosto ainda me é horizonte.
Tocas-me as pedras,
recostadas, miseravelmente,
em meu espírito.
E com um gesto de luz
sei que também as eleva.
E prossigo.
(Direitos autorais reservados).
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 08/09/2010
Alterado em 23/11/2010