O amor nos tempos do onça (*)
Chega-se perto de algumas paragens.
Perto.
Jamais dentro.
O possível vem sem luz.
Enunciados de silêncios.
Claridades que choram por si mesmas.
A noite vazou as águas
sobre a palidez das têmporas.
O que acaba
é um poema que ninguém mais lembra.
Da última vez, tudo era superior:
ao primeiro, ao segundo, ao terceiro...
Era o único amor.
Não, não me digam qual é o lado
que dá para o mar.
Esse, me mostra o espelho,
no fundo de uns olhos vermelhos.
Naufrágio do por-do-sol
- e não há luar.
(Direitos autorais reservados).
(*) título inspirado no romance "O Amor nos Tempos do Cólera" de Gabriel García Marquez.
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Interação da querida poeta HLuna
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Vou seguindo triste e só,
Os pés não conhecem o caminho
Que outros tantos já pisaram
Neste mesmo desamparo,
Se ferindo nos espinhos.
Tristeza imensa no peito
Pesa qual enorme trave,
E os pecados só agravam...
Sofrimento – não tem jeito.
Felicidade que busco
Todo dia a muito custo
Onde é que tu te escondes?
A pergunta é vã, é louca,
Porque fechas tua boca,
E nada tu me respondes.
-Helena Luna
Obrigada, querida poeta, pela interação, um grande beijo
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 13/07/2010
Alterado em 23/11/2010