Murmúrios de um peregrino
Sei que despertarei
quando ouvir o pássaro cantar
quando as sombras rastejarem
diante dos raios do sol...
Sei que despertarei
quando as cinzas da fogueira
forem dispersas
na imensidão dos campos,
para alegria das flores
e dos frutos.
Tenho ainda no peito o nó das dores
e das correntes que aprisionam o coração,
levando folhas, flores secas
por onde quer que se arrastem...
Concede-me, ó Deus,
a trégua do peregrino
que sacia sua sede,
e volta a caminhar,
acreditando ainda
na verdade do seu caminho...
Longa é a estrada da noite,
quando se aguarda,
com tanta ansiedade,
o verdadeiro despertar.
(Direitos autorais reservados)
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 09/09/2006
Alterado em 26/12/2010
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