DESSE SILÊNCIO
Desse silêncio
nasceu essa flor vazada
na cor da tua alma,
onde pousou o pássaro selvagem
em migração, emplumado de céu
buscando atravessar as nebulosas
de tua consciência.
Se perfumas os caminhos,
quando choram as roupas sobre a pele
e nos teus olhos repousam as solidões
das eras,
é porque a esperança e a saudade
em ti construiram seu templo
onde a vida ainda respira
apesar de todos os pós
precipitados sobre o teu rosto.
Ainda refloresço-me a cada dia
nos vales claros dos teus olhos.
(Direitos autorais reservados)
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 14/03/2010
Alterado em 18/04/2010