DE ÁGUAS
"Se te pareço noturna e imperfeita
Olha-me de novo. Porque esta noite
Olhei-me a mim, como se tu me olhasses.
E era como se a água
Desejasse."
- Hilda Hilst.
E me apareceu um grande lago de águas purasE uma ternura ampla, imensaDe mãos que enchiam jarrosDe orvalho dos olhosComo última recompensa. Os fantasmas de sedasAbanavam-se com os ventosE dançavam sob as luzes acesasDos meus pensamentos. Iam e vinham de ocasos camufladosOs olhos mais belos do mundoQue não abriam – cegavam. E a noite era completa, acabada.Nascia no pensamentoUm lago de águas paradas. Mas foi dessas águas que renasceramEstrelas e alvoradas... (
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Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 03/01/2009
Alterado em 27/01/2009
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