levando um altivo e muito lento coração.
Também leva crepúsculos em sementes
de outras vidas - sóis que nunca acordarão.
Resíduos de estrelas, pairando sobre os montes.
Os sonhos tinham cor? Não. No tempo, só miragens.
A memória some, quer lembrar do horizonte.
Oriente e ocidente se apagam da paisagem.
Duelo angustioso na alma que estremece.
Onde buscar o templo que não ria mais da prece,
onde cada rosa viva não seja pedra no olhar?
Se não há vigílias nos espelhos da humildade
e tão somente o que é inútil tenha validade,
que se feche a noite, preciso despertar.