CANTO SEM CHÃO
Diz tanta coisa.
E coisa nenhuma.
É apenas uma fresta da porta
por onde penetra um raio de sol.
Nem dá para qualquer jardim.
Traz alguns sorrisos,
algumas lágrimas vivas,
alguns passos de mim.
Onde vou guardar
esses pedaços de luar?
Talvez numa ruga de expressão,
na mudez do coração.
Não sei onde colocar.
Arco e flecha da memória.
O arqueiro é uma história
que só o tempo vai contar.
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 11/09/2008
Alterado em 20/01/2009
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