ASA DA MANHÃ
Disseste a mim, de onde vim, pra onde vou.
Num momento único, ao abrir dos céus.
Água que numa grande noite jorrou
como pranto dos olhos claros de Deus.
Não envelhecerei esse sonho do amanhecer.
As tantas rugas são estradas no deserto.
De outras vidas trouxe esse mundo pra viver
O inverno não matará a flor que está tão perto.
Quero ter, desse canto, sua asa da manhã
que voa junto à minha, qual alma-irmã,
em forma de luz, música sagrada, equilíbrio,
pássaros ao sol, planando eternidades.
Minha noite passada a limpo em claridade,
porta entreaberta para o mundo dos vivos.
(Direitos autorais reservados).
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 12/08/2008
Alterado em 18/01/2009
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