POEMA INVISÍVEL
Vou escrevendo um sonho esvanecido.
Vai rompendo o papel, amarelando.
Tinha uma rosa, de lápis colorida.
Também ela foi saindo, desbotando...
A vida bicolor, em azul e prata.
Mas céu e lua não cabem no papel.
O escândalo no coração quando desata
inunda a folha, oceana o nosso céu.
Velhos poemas se afogando nas gavetas.
Uma pena sangrando em tinta preta
desenha outras rosas no papel.
Hastes são só remos disfarçados.
As palavras, como loucas, vão a nado
ao poema que um deus não escreveu.
(Direitos autorais reservados).
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 22/07/2008
Alterado em 18/01/2009
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