MINHA VOZ, MEU SILÊNCIO
Direi do silêncio que me reveste o ser
quando o horizonte abandono pra ser terra.
Serei vaso exposto aos ventos do viver
um vaso vivo - com flores e heras.
Direi do silêncio quando na roda do mundo
giro meu corpo, minha alma, meu olhar.
Transbordo, desabito-me. E num segundo
ascenderei ao cume - talvez pra nunca chegar.
Sei que virão vozes, olhares, sorrisos.
Lágrimas, silêncios vazios de sentido.
Mas é preciso que eu em silêncio me torne.
Um dia, talvez, imperativa, eu regresse.
Numa canção de ninar ou talvez numa prece
Ou somente em um singelo poema sem nome.
17 de julho de 2008
(Direitos autorais reservados).
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 17/07/2008
Alterado em 15/01/2009
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