A IRRADIAÇÃO DO SILÊNCIO
A noite desceu.
Ao longe, as vertiginosas sombras
recolhidas ao silêncio bebem
do sereno da alma.
Quem chama pelos ares
o perfume do jasmineiro morto?
Exaustos, os pássaros calaram-se.
Nada a dizer, quando a lágrima
faz o favor de o perfume adormecer.
Resplandecem, na noite, somente
esse transbordamento de estrelas
que trazem seu rosto de luz
às flores que ainda respiram
no subterrâneo da esperança.
(Direitos autorais reservados. Lei 9.610 de 19.02.98)
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 25/06/2008
Alterado em 13/01/2009
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